Entender o que ocorreu durante o processo evolutivo que conferiu ao cérebro humano poder cognitivo superior ao dos demais primatas é o objetivo de um grupo de pesquisadores do Salk Institute for Biological Studies, dos Estados Unidos.
Com auxílio da tecnologia que permite criar células-tronco pluripotentes induzidas (IPS, na sigla em inglês) a partir de células da pele e depois transformá-las em neurônios, os cientistas do grupo, liderados por Fred Gage, estão comparando o padrão de expressão dos genes no cérebro de humanos com o de seus parentes evolutivos vivos mais próximos: chimpanzés e bonobos. Também estão investigando como isso se reflete no desenvolvimento das células cerebrais.
Resultados preliminares foram apresentados pela brasileira Maria Carolina Nasser Marchetto, ex-bolsista da FAPESP que desde 2005 integra a equipe do Salk Institute, durante o evento Advanced Topics in Genomics and Cell Biology, realizado entre os dias 4 e 6 de agosto na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) com apoio da FAPESP.
Em entrevista à Agência FAPESP, Marchetto afirmou que os conhecimentos gerados por esse tipo de estudo podem ajudar a identificar os genes importantes para a cognição, que seriam alvos terapêuticos para doenças como autismo, esquizofrenia e Alzheimer. (Fonte: Agência FAPESP)