O combate à dengue em todo o Brasil é o tema da audiência pública interativa que a Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação (CCT) promove nesta quarta-feira (6), a partir das 11h. O objetivo do evento é encontrar estratégias científicas e de inovação para o combate efetivo da dengue.
Já confirmaram presença no debate o coordenador-geral de Ciências da Saúde do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Thiago de Mello Moraes; o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Luciano Andrade Moreira; e Natalia Verza Ferreira, diretora-geral no Brasil da empresa britânica Oxitec, especializada em biotecnologia.
Também já confirmaram participação no debate a professora do Instituto de Ciências Biomédicas da USP Margareth de Lara Capurro Guimarães; o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Álvaro Eduardo Eiras; e o diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Carlos Américo Pacheco. A comissão ainda aguarda a confirmação de representantes do Ministério da Saúde e do Instituto Butantan.
A audiência pública foi requerida pelo senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP). O requerimento foi aprovado há duas semanas pela CCT em virtude do grande aumento da doença no país nos primeiros meses de 2024, o que fez vários estados e municípios decretarem estado de emergência, como mostrou a Agência Senado.
— É um problema que já está sendo tratado com mais eficiência em outros países e que a gente precisa aqui no Brasil também resolver através da ciência — disse Pontes durante a votação do requerimento na CCT.
Na mesma reunião, o presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou que o combate à dengue envolve estratégias de educação e de conscientização constantes, mesmo nos anos em que há a diminuição de casos de dengue.
Tecnologias emergentes
A intenção da audiência é discutir o uso de tecnologias emergentes e abordagens científicas inovadoras contra a doença, além do potencial de vacinas e do desenvolvimento de armadilhas mais eficazes contra o mosquito que transmite o vírus da dengue.
“O foco é explorar a prontidão e eficácia das soluções científicas para enfrentamento estratégico da doença no país, problema que se arrasta por décadas e atualmente está marcado por um aumento exponencial de casos em 2024. Esse cenário demanda uma resposta coordenada, embasada em evidências científicas, envolvendo diferentes ferramentas em discussão produtiva com diferentes setores da sociedade, incluindo academia, governo e indústria”, diz Pontes na justificativa do requerimento (REQ 1/2024 – CCT).
De acordo com o painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde, o país já registra mais de 1,2 milhão de casos de dengue neste ano, com 278 óbitos confirmados e 744 em investigação.