Redução acompanha tendência nacional, mas autoridades alertam para necessidade de vigilância contínua
Mato Grosso do Sul registrou uma queda de 20,3% nos casos prováveis de dengue nos dois primeiros meses de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024. O levantamento, realizado pelo Ministério da Saúde, e divulgado nesta segunda-feira (10) aponta que essa redução acompanha a tendência nacional, que teve um recuo de 69,25% nos casos da doença em todo o país.
Os dados analisam as semanas epidemiológicas 1 a 9, que compreendem o período entre 29 de dezembro de 2024 e 1º de março de 2025. Apesar da melhora nos números, as autoridades de saúde alertam que o combate ao mosquito Aedes aegypti deve continuar para evitar novas epidemias.
De acordo com o painel de monitoramento da dengue, Mato Grosso do Sul registrou 3.857 casos prováveis da doença nos primeiros meses de 2025. No mesmo período do ano passado, foram 4.844 casos.
Em todo o Brasil, a queda foi ainda mais significativa. Em 2024, o país contabilizou 1,6 milhão de casos prováveis, enquanto em 2025 esse número caiu para 493 mil. O número de mortes também apresentou redução: de 1.356 óbitos confirmados no ano passado para 217 este ano.
A região Sudeste concentra a maior parte dos casos, com 360 mil registros em 2025. O estado de São Paulo lidera os números, com 285 mil casos prováveis e 168 mortes confirmadas.
Ações de controle e combate à dengue
Desde 8 de janeiro de 2025, quando foi ativado o Centro de Operações de Emergências para Dengue e outras Arboviroses (COE-Dengue), o Ministério da Saúde adotou medidas para intensificar o combate à doença. Entre as ações estão:
Visitas técnicas a estados e municípios para reforçar a vigilância e o controle da dengue;
Distribuição de 4,5 milhões de testes de diagnóstico, priorizando cidades com menos acesso a laboratórios;
Expansão do método Wolbachia para 44 cidades, utilizando bactérias que impedem a transmissão da doença pelo mosquito;
Mobilização em escolas, em parceria com o Ministério da Educação (MEC), para conscientizar crianças e jovens sobre prevenção;
Parceria com o Instituto Butantan para a produção da primeira vacina nacional contra a dengue, prevista para 2026.
Além da dengue, o Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação contra a febre amarela. O monitoramento de macacos doentes e a identificação rápida de casos suspeitos em humanos são fundamentais para evitar surtos da doença.