Mudança do sequenciamento genético da doença indica uma transmissão interna na Europa Casos de corona virus confirmados no Brasil possuem genomas diferentes O genoma do novo coronavírus de amostra coletada do primeiro paciente diagnosticado no Brasil é diferente do genoma do segundo paciente que teve confirmação para a doença no país. Além disso, eles são diferentes do sequenciamento feito em pacientes na China.
Isso é o que confirmou a pesquisa feita por cientistas do Instituto Adolf Lutz em parceria com o Instituto Tropical da Universidade de São Paulo (USP), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Isso indicaria, segundo os pesquisadores, que está ocorrendo transmissão interna nos países da Europa. “ O primeiro isolado se mostrou geneticamente mais parecido com o vírus sequenciado na Alemanha. Já este segundo genoma assemelha se mais ao sequenciado na Inglaterra. E ambos são diferentes das sequências chinesas. Tal fato sugere que a epidemia de coronavírus está ficando madura na Europa, de 32, que também visitou O país europeu. Ambos os pacientes são moradores de São Paulo.
Segundo a Fapesp, o sequenciamento completo do segundo caso viral isolado foi concluído em 24 horas. Os dados do estudo serão divulgados em breve. O trabalho tem sido conduzido com apoio do Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (Cadde) — uma rede de pesquisadores dedicada a responder e analisar dados de epidemias em tempo real. Para fazer o sequenciamento, com monitoramento em tempo real, o grupo faz uso de um equipamento portátil conhecido como MinION, usado pela primeira vez no país em 2016 para mapear a evolução do zika vírus no Brasil. Segundo Ester Sabino, a principal vantagem de se monitorar em tempo real uma epidemia é a possibilidade de identificar de onde exatamente velo o vírus que chegou ao país, o que ajuda na promoção de ações para reduzir a disseesssanadoa da xamata Fe mando Frazão: Agencia Brasil
INFECCÇÃO- Brasil está na fase 3 de contenção do coronavírus Todas as regiões do país têm casos suspeitos do vírus O Brasil tem, atualmente, 433 casos suspeitos de coronavírus. O número de casos confirmados continua sendo dois, ambos em São Paulo. Todas as regiões do país têm casos suspeitos, sendo São Paulo o estado com o maior número, 163. Anteontem, eram 252 casos suspeitos. O aumento do número tem relação com a mudança de metodologia do Ministério da Saúde. Desde o final de fevereiro, o ministério decidiu não fazer reanálise dos casos notificados como suspeitos pelas secretarias estaduais de Saúde. Assim, a avaliação local é considerada pelo Governo Federal. Os estados continuam sendo capacitados pelo ministério para fazer as notificações corretamente, mas, segundo o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Wanderson de Oliveira, metade das notificações dos estados não se encaixa na definição de caa Pacientes na China contraem a doença pela segunda vez Um estudo publicado na revista científica americana Jama (Journal of the American Medical Association) diz que os testes de quatro profissionais da saúde chineses deram positivo para infecção pelo coronavírus pela segunda vez, após terem recebido alta. Um deles permanece internado. Os pacientes foram atendidos no hospital da Universidade de Wuhan, o epicentro da doença na China.
A descoberta sugere que o vírus permanece por mais tempo no organismo do que se imaginava. No Japão, uma mulher que recebeu tratamento para o coronavírus também voltou a ter a doença. Os quatro pacientes passaram por exames após o tratamento e o resultado para a presença do vírus foi negativo. Três dos quatro receberam alta e um deles foi mantido em isolamento. Após a alta, os funcionários e seus familiares son de Oliveira, metade das notificações dos estados não se encaixa na definição de casos de Covid-19. Atualmente, o Brasil se encontra na fase de contenção da doença. “ Estamos no nível 3, na fase de contenção, onde o nosso objetivo é evitar a dispersão[ do vírus) ”, disse o secretário. alta e um deles foi mantido em isolamento. Após a alta, os funcionários e seus familiares foram convidados a manterem isolamento domiciliar durante cinco dias. Ao fim do período, os testes foram repetidos e todos deram positivo, indicando o retorno da infecção, mas dessa vez ela foi assintomática. cando madura na Europa, ou seja, já está ocorrendo transmissão interna nos países europeus. Para uma análise mais precisa, porém, precisamos dos dados da Itália, que ainda não foram sequenciados ”, disse Ester Sabino, diretora do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da USP, em uma entrevista dada à fundação que apoia a pesquisa. O primeiro caso do vírus no Brasil foi identificado no dia 26 de fevereiro — um homem de 61 anos que esteve recentemente na Italia. Dois dias após a confirmação, os pesquisadores conseguiram fazer o primeiro sequenciamento genético do novo coronavírus (o Covid19) da América Latina. O segundo caso foi confirmado no dia 29 de fevereiro — outro hode ações para reduzir a disseminação da doença. Claudio Tavares Sacchi, responsável pelo Laboratório Estratégico do Instituto Adolfo Lutz, disse que a intenção é sequenciar os genomas dos vírus em todos os casos que forem confirmados no país. Mas se os casos positivos começarem a se multiplicar em larga escala, o trabalho vai passar a ser orientado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria de Estado da Saúde, que também integra o projeto Cadde. “ Nesse caso o sequenciamento passará a ser feito por amostragem e com base em métodos estatísticos, de modo a garantir que os casos amostrados sejam representativos do total ”, disse o pesquisador.