O antigo prédio do Seminário São José, no Rio Comprido, vai se transformar no palco do primeiro ensaio da Faculdade Carioca no terreno da virtualidade. Construído na década de 40, o espaço de seis mil metros sofrerá uma completa reforma para abrigar 80 salas de aula, interligadas por fibra ótica, e o centro de produção de tecnologia educacional, o carro-chefe do projeto da universidade virtual. Lá serão produzidas as ferramentas para os cursos via Internet que a universidade oferecerá em 1996.
Na nova estrutura, todo o prédio passa a incorporar recursos de inteligência, como roletas de entrada acionadas por cartões magnéticos, para controle da freqüência dos alunos. Cada sala de aula terá computadores, ligados em rede, com acesso à Internet. Todos os seis pavimentos, de mil metros cada um, vão dispor ainda de um auditório com telão para videoconferência. No total, o espaço terá capacidade para cinco mil alunos, mas a faculdade pretende atingir um público extra, via rede.
Museu - Mas nem só de novidades tecnológicas vive a pedagogia virtual. Ao lado dos super servidores que vão suportar a rede da faculdade, a instituição estará reunindo vários exemplares de espécies já em extinção, como os Apple 2, para contar a história dos micros no Museu da Informática. O espaço funcionará no primeiro andar, ao lado de salas de cinema, teatro e de uma galeria comercial.
O Tempo Carioca, jornal laboratório da faculdade, estará entrando na era digital. Com a instalação da rede, a publicação passa a contar com uma versão on-line. Assim que entrar em operação, o centro de produção de tecnologia educacional também começará a fornecer produtos para outros clientes. "A intenção é criar na faculdade vários pontos de oferta de serviço", explica o professor Celso Niskier, diretor geral da Carioca, que já criou endereço na Internet para recebimento de ofertas de estágio.
A reforma do prédio vai custar R$ 750 mil, mas o projeto completo, com todos os recursos de informática, está orçado em R$ 1.2 milhões. Para concretizá-lo, a universidade está negociando parcerias com três instituições, segundo Niskier, uma do segmento financeiro, uma da área cultural e um fabricante de equipamentos.
Notícia
Jornal do Brasil