Os morcegos normalmente possuem pelagem de coloração acinzentada, marrom ou preta.
A inusitada cor laranja deste morcego intrigou os pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro, no interior de São Paulo. A explicação da cor pode ter origem em características hormonais, na alimentação ou mesmo na exposição do morcego (Phyllostomus hastatus) a ambientes com alta concentração de amônia. O espécime, uma fêmea prenhe, foi capturado no Parque Estadual de Porto Ferreira por profissionais treinados durante o projeto da bióloga Renata Muylaert, que estuda como esses mamíferos respondem à perda de hábitat em remanescentes do cerrado paulista.
Renata faz mestrado em zoologia sob orientação do professor Milton Cezar Ribeiro, da Unesp, e co-orientação de Richard Stevens, da Texas Tech University.
Apesar da aparência bizarra, esta é uma espécie útil, pois se alimenta principalmente de insetos que podem ser pragas nas plantações, mas néctar de flores, frutas e até pequenos vertebrados podem fazer parte de sua dieta.
O fato também foi noticiado na revista Pesquisa FAPESP edição 218 de Abril-2014
Foto: de Fábio Martins Labecca enviada por Renata Muylaert, do Laboratório de Ecologia Espacial e Conservação da Unesp de Rio Claro.