Raras vezes uma obra literária criou laços de simpatia tão estreitos com seu leitor como o Quixote de Cervantes. Publicado em 1605 (a primeira parte) e em 1615 (a segunda), ele pode ser considerado como um sol que nasce para todos, como disse em certa ocasião o escritor Augusto Meyer (1902-1970). Já nos primeiros anos do século 17, o licenciado Márquez Torres -encarregado oficial que concedia a autorização para a publicação de livros- previu para a obra de Cervantes vida duradoura. Tinha certeza de que contaria com o aplauso [...]
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