A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou nesta quarta-feira (22) que o governo segue em diálogo com o Instituto Butantan para viabilizar a distribuição da vacina contra a dengue desenvolvida pela instituição, conhecida como Butantan-DV, assim que for aprovada pela Anvisa. A produção atual, no entanto, ainda não tem capacidade para suportar uma campanha nacional. A previsão é de que o Butantan produza 1 milhão de doses em 2025 e mais 100 milhões nos três anos seguintes, mas a vacinação em massa não acontecerá em 2025 devido à limitação de escala de produção.
O Butantan-DV, se aprovada, será a primeira vacina de dose única contra a dengue e foi testada em pessoas de 2 a 59 anos, mostrando alta eficácia contra os quatro sorotipos do vírus. A vacina aguarda avaliação final da Anvisa, que deve liberar o parecer até março de 2025. Enquanto isso, o governo está investindo em ações de vigilância e prevenção nos estados e municípios, além de fortalecer campanhas de conscientização sobre a dengue nas escolas, em parceria com o Ministério da Educação.
Atualmente, o Brasil conta com a vacina Qdenga, fabricada pela Takeda, que está disponível na rede pública apenas para crianças de 10 a 14 anos em municípios pré-selecionados. No entanto, a vacina requer duas doses e tem produção limitada, o que dificulta a oferta para a população em geral. Na rede privada, o custo por dose ultrapassa R$ 300.