O Instituto Butantan deu início à fabricação das primeiras doses da da vacina contra a de em São Paulo. A expectativa é produzir 1 milhão de doses ainda neste ano e alcançar 100 milhões até 2027.
Em dezembro de 2024, o Butantan finalizou o envio dos documentos necessários para a submissão do registro à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo a agência, o processo ainda está na fase de análise documental, etapa anterior ao pedido formal de registro, sem prazo definido para conclusão.
Décadas de pesquisa e eficácia comprovada
O desenvolvimento do imunizante é resultado de décadas de pesquisa. Ao longo dos estudos, os cientistas monitoraram 17 mil voluntários em diversas regiões do Brasil. Os testes clínicos indicaram uma taxa de eficácia geral de 79,6%, sendo ainda maior para casos graves da doença, com proteção de 89%.
A > A Butanta é a primeira ira vacina contra a de administrada em dose única. Sua formulação tetravalente oferece proteção contra os quatro sorotipos do vírus e poderá ser aplicada em pessoas de 2 a 60 anos incompletos.
“O imunizante traz dois benefícios fundamentais. Primeiro, ele ativa o sistema imunológico de forma a impedir que o vírus se multiplique logo após a picada do mosquito Aedes aegypti. Segundo, mesmo nos casos em que a infecção ocorre, a vacina reduz significativamente o risco de evolução para formas graves da doença”, explica Esper Kallás, diretor-técnico do Butantan.
Vacina pioneira aguarda liberação da Anvisa
Se aprovada, a , a Butanta será a primeira ira vacina contra a de no mundo a oferecer proteção com uma única aplicação.
“Trata-se de um avanço inédito: uma vacina de dose única, testada na faixa etária mais ampla até o momento, eficaz tanto para quem já teve quanto para quem nunca teve dengue. É um marco para a ciência e para uma instituição pública brasileira”, ressalta Kallás.
Ele conclui: “Esperamos que essa vacina se torne uma arma poderosa no combate a uma doença que circula no Brasil desde a década de 1980, ainda causando impactos na saúde pública e levando vidas.”
Fonte: O Sul [mailpoet_form id="1"]