O Grupo Ouro Fino, de Ribeirão Preto, se uniu ao Instituto Butantan, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, para atuarem juntos no desenvolvimento e produção de vacinas e soros para saúde animal.
O instituto é um centro de pesquisa biomédica, responsável pela produção de mais de 80% do total de soros e vacinas consumidas no Brasil.
A Ouro Fino atua há 19 anos no desenvolvimento e comercialização de produtos farmacêuticos para saúde animal.
Para viabilizar a parceria público-privada, as duas entidades, com apoio da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) construíram um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Imunobiológicos Veteri-nários, que será inaugurado amanhã no Instituto Butantan, em São Paulo.
Ao Butantan caberá os processos de pesquisa e o desenvolvimento dos fármacos. "A partir do projeto piloto, o Butantan vai transferir a tecnologia para que a Ouro Fino passe a produzir em escala industrial", explica Fausto Eduardo Fonseca Terra, diretor do segmento de Biológicos da empresa.
Para dar conta da produção, uma nova unidade está sendo construída pela Ouro Fino em Cravinhos, onde estão instaladas praticamente todas as unidades do grupo (com exceção da unidade de Genética Animal, que fica em Brodowski). Segundo o diretor da empresa, a primeira vacina a ser colocada no mercado será a anti-rábica, até meados de 2007, além dos soros antiofídicos e antitetânicos, que começam a ser produzidos dentro de quatro meses, inicialmente nas instalações do Instituto.
Um quarto produto, a vacina policlostridial (para carbúnculo ou manqueira de bovino), ainda não tem prazo para entrar no comércio.
Produção
Empresa também terá vacina contra aftosa
Ainda na área de imunobiológicos, além dos produtos desenvolvidos em parceria com o Instituto Butantan, a Ouro Fino também se prepara para entrar no mercado de vacina contra febre aftosa.
"A produção inicial, prevista para fevereiro de 2008, será de 40 milhões de doses da vacina", anuncia o diretor de produtos biológicos da Ouro Fino, Fausto Eduardo Fonseca Terra.
Com a implantação desta nova unidade, que está sendo construída em Cravinhos, a empresa espera um crescimento de 18% no primeiro ano das atividades.
"Será o segmento mais importante da Ouro Fino para saúde animal", conclui Terra.
No ano passado, a empresa cresceu 20% em relação ao ano anterior, média maior que a do setor (7%) segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal.
Para 2006, a meta geral é aumentar o faturamento em 30%, baseada na consolidação das recentes unidades de negócios nas áreas de Biológicos e Genética Animal.
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A Cidade (Ribeirão Preto) online