Há 36 variantes do coronavírus em circulação no Estado de São Paulo, de acordo com Boletim Epidemiológico da Rede de Alerta das Variantes apresentado pela diretora do Centro de Desenvolvimento Científico do Butantan, Sandra Vessoni, em evento realizado na segunda-feira (30 pelo ILP (Instituto do Legislativo Paulista) em parceria com a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo).
Três delas foram identificadas pela primeira vez e outras quatro são novas linhagens da variante Delta.
Apesar do número crescente de variantes, o número de casos de covid-19 diminuiu no Estado: 14 divisões regionais de saúde apresentaram números menores de infecções se comparados à semana anterior e as outras 3 divisões registraram estabilidade nos casos.
Entre as variantes identificadas de forma inédita, estão a B.1.1621.1, também conhecida como Copa América (com um caso identificado), a B.1.540 (com cinco casos); e a AY.3 (com três casos). A presença de novas mutações do vírus preocupa especialistas por conta da alta taxa de contágio de algumas cepas, como a Delta, responsável pelo aumento de casos no Reino Unido.
A variante Gama ainda é a mais incidente no território paulista, responsável por 85% dos casos, seguida pela variante Delta, com 3%.
Mesmo longe de representar a maioria dos casos no Estado, a Delta vem se espalhando rapidamente. Já foi identificada em 13 das 17 divisões regionais de saúde, representando 100% das infecções na divisão regional de Registro, 61,54% na Baixada Santista, 56,41% em São João de Boa Vista e 43,31% na Grande São Paulo.