Projeto com equipes multidisciplinares tem como objetivo a criação de soluções para converter o CO2 gerado nas operações industriais em novos produtos químicos
A Braskem e a Universidade de São Paulo (USP) anunciam uma parceria para desenvolvimento de linhas de pesquisa para a conversão de CO em outros produtos químicos. O CO é um dos componentes dos gases do efeito estufa, sendo um dos principais contribuintes para as mudanças climáticas. A ideia do projeto é que as tecnologias resultantes destas linhas de pesquisa consigam reaproveitar o CO para obtenção de produtos químicos, como olefinas e álcoois, mitigando assim suas emissões no meio ambiente e servindo como matérias-primas para a produção de poliolefinas.
A parceria com a USP, por meio do RCGI – Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa, também inclui a participação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e tem como foco estudar rotas inovadoras de conversão do CO , sejam elas catalíticas ou eletrocatalíticas. Enquanto nos processos convencionais da indústria química os catalisadores (materiais que promovem as reações químicas) são ativados termicamente, na eletrocatálise utiliza-se a energia elétrica para ativá-los. Dessa forma, pode-se parcial ou totalmente usar energia renovável para o processo de conversão de CO
O projeto, iniciado há um ano, considera um prazo total de cinco anos para os desenvolvimentos em escala de laboratório, com possibilidade de extensão do acordo com o progresso da pesquisa.
A Braskem irá contribuir com os investimentos e com seu domínio e expertise em processos industriais, acompanhando e direcionando os estudos. Os grupos de pesquisa da USP e UFSCar irão coordenar e desenvolver os estudos utilizando as avançadas infraestruturas dos laboratórios, assim como equipes de profissionais multidisciplinares, que incluem químicos, físicos e engenheiros, entre outros, com vários graus acadêmicos.
Para a Braskem, esta parceria visa ainda contribuir para o atingimento de suas metas vinculadas ao desenvolvimento sustentável, especialmente com relação a alcançar a neutralidade de carbono. A empresa projeta reduzir em 15% as emissões gases de efeito estufa até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2050.
“Ao longo dos últimos anos, a Braskem tem firmado diversas parcerias para estudar as possibilidades e alternativas de uso do CO gerado nas operações da empresa. Através desse novo projeto, a companhia expande sua atuação com a área acadêmica e colabora com o fomento de novas pesquisas nacionais vinculadas a grandes instituições de ensino do Brasil”, declara Gus Hutras, responsável pela área global de Tecnologia de Processos da Braskem. “Esperamos que a iniciativa traga benefícios para a indústria no tema de conversão de CO e que possamos aprender e contribuir, unindo as expertises no escalonamento de soluções sustentáveis para o Brasil e o mundo”, reitera.
Uma vez desenvolvidas, as tecnologias de conversão do CO por meio da catálise e eletrocatálise serão inéditas, inovadoras e disruptivas em um mercado que vem demandando cada vez mais projetos que ajudem a combater as mudanças climáticas.
Para Rita Maria de Brito Alves, professora do Departamento de Engenharia Química da Escola Politécnica da USP e pesquisadora do RCGI-USP, “parcerias entre as universidades e a iniciativa privada são fundamentais para o desenvolvimento de pesquisas aplicadas, o que contribui para a criação de produtos e processos inovadores, formação de profissionais qualificados e aumento da competitividade. O objetivo comum é a geração de conhecimentos e tecnologias para o desenvolvimento sustentável da sociedade em geral”.
Sobre a Braskem
Orientada para as pessoas e para a sustentabilidade, a Braskem está engajada em contribuir com a cadeia de valor para o fortalecimento da Economia Circular. Os 8 mil Integrantes da petroquímica dedicam-se diariamente para melhorar a vida das pessoas por meio de soluções sustentáveis da química e do plástico. A Braskem possui DNA inovador e um completo portfólio de resinas plásticas e produtos químicos para diversos segmentos, como embalagens alimentícias, construção civil, industrial, automotivo, agronegócio, saúde e higiene, entre outros. Com 40 unidades industriais no Brasil, EUA, México e Alemanha, a companhia exporta seus produtos para Clientes em mais de 70 países.
Sobre a USP
Criada em 1934, a USP é uma universidade pública, mantida pelo Estado de São Paulo e ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico. O talento e a dedicação dos docentes, alunos e funcionários têm sido reconhecidos por diferentes rankings mundiais, criados para medir a qualidade das universidades a partir de diversos critérios, principalmente os relacionados à produtividade científica. Esse desempenho, gerado ao longo de mais de oito décadas de uma intensa busca pela excelência, permite à USP integrar um seleto grupo de instituições de padrão mundial. Sua graduação é formada por 183 cursos, dedicados a todas as áreas do conhecimento, distribuídos em 42 unidades de ensino e pesquisa, com mais de 58 mil alunos. A pós-graduação é composta por 239 programas, com cerca de 30 mil matriculados. Atualmente, a USP é responsável por mais de 20% da produção científica brasileira. Saiba mais
Sobre o RCGI
O Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) é um Centro de Pesquisa em Engenharia, criado em 2015, na Universidade de São Paulo (USP), com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e empresas parceiras. Além da Braskem, mantém convênios com empresas do setor de óleo e gás, como Shell, TotalEnergies e Petronas, que investem em pesquisa, conforme exige a cláusula de P,D&I da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nos contratos de exploração e comercialização de petróleo e gás. O centro conta hoje com mais de 400 pesquisadores. Saiba mais
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Fonte: CDN