Três pesquisadores brasileiros são finalistas do concurso de imagens de nanomateriais, o NanoArtography Competition 2017, do A.J. Drexel Nanomaterials Institute, da Universidade de Drexel, nos Estados Unidos.
Ricardo Luiz Tranquilin, Enio Longo e Rorivaldo de Camargo fazem parte do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), que é apoiado pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
O concurso selecionou 98 fotos de participantes de diversos países. Uma banca de jurados escolherá as três primeiras colocadas, que irão receber prêmios de 700, 300, e 100 dólares, respectivamente.
Uma quarta imagem, com o prêmio de US$ 500, será definida por voto popular. Para participar da escolha, basta curtir as fotos no Facebook do NanoArtography. A votação acontece até 6 de novembro de 2017.
Os brasileiros possuem sete imagens entre as 98 melhores. Enio Longo, artista plástico e pesquisador do CDMF fez a obra "Indian Love (Tin Oxide)”. O técnico em Microscopia Eletrônica, Rorivaldo de Camargo, produziu as imagens “Western”, “Rising up” e “Puzzles”.
Já Ricardo Luiz Tranquilin está concorrendo com as fotos “Lucky Day” (molibdato de cálcio), “Crown of Lauren” (mistura de óxido de cobre e cloreto de prata) e “Defreezing Mountain” (óxido de zinco dopado com samário).
'Defreezing Mountain' - Material óxido de zinco dopado com samário (Foto: Ricardo Tranquilin/ Divulgação)
Em 2016, Tranquilin foi o único brasileiro a participar da competição e conquistou o terceiro lugar com a obra “Gerbera Flower”, imagem do tungstato de estrôncio obtida a partir da utilização de canhão de emissão de campo.
De acordo com Tranquilin, as fotos foram captadas com Microscópio Eletrônico de Varredura (FEG – SEM). "As pesquisas precisam de caracterização, e para entender o que acontece são feitas imagens", ele explica à GALILEU. "Elas saem em preto e branco e depois disso escolhemos algumas para colorir."
Para o pesquisador, o mais importante do concurso é a participação pois é uma forma de difundir a ciência brasileira para o mundo. "O principal é mostrar que há ciência de ponta no Brasil e promovê-la no âmbito educacional", fala.
Fonte: Revista Galileu