Pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP) podem ter encontrado um novo caminho para o tratamento de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkison.
Em um estudo publicado na Scientific Reports, os cientistas brasileiros apontam que o hormônio oubaína é capaz de reverter processos inflamatórios --que geram doenças neurodegenerativas - em células da glia do córtex cerebral de camundongos. “As células da glia são essenciais para o bom funcionamento do cérebro, pois protegem e dão suporte aos neurônios”, explica a farmacêutica Paula Fernanda Kinoshita, uma das autoras da pesquisa.
O hormônio oubaína é produzido pela glândula adrenal e em algumas regiões do sistema nervoso central. A substância também é extraída da planta Strophantus gratus e já é utilizada para combater insuficiência e arritmia cardíaca. “Podemos estar diante de um novo caminho, que talvez levará à produção de fármacos para tratamento de doenças neurodegenerativas”, acredita Cristoforo Scavone, professor do Laboratório de Neurofarmacologia Molecular do ICB e orientador do estudo.
Os pesquisadores salientam que ainda há um longo trajeto a percorrer e outras avaliações devem ser feitas para entender melhor o efeito protetor da oubaína.
Do VivaBem