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Brasileiros descobrem que bagaço da cana-de-açúcar é capaz de limpar água contaminada (60 notícias)

Publicado em 02 de janeiro de 2022

O estudo, feita por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em colaboração com Unifesp – Universidade Federal de São Paulo – e com apoio da Fapesp e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), já está publicada em dois artigos na revista especializada Environmental Science and Pollution Research.

Os pesquisadores explicam que um compósito – material híbrido que apresenta características distintas de seus precursores – produzido a partir do bagaço da cana e de nanopartículas magnéticas removeu cobre e crômio na água.

“Sua natureza híbrida, que une as propriedades da matriz biológica [bagaço de cana] com as magnéticas das nanopartículas de magnetita, permite que os materiais propostos no trabalho sejam versáteis. Ou seja, o material também pode ser aplicado na remoção de moléculas orgânicas [corantes sintéticos, drogas, hormônios e pesticidas], o que reforça seu potencial para tratamento de água e efluentes”, escreveu o grupo de cientistas nos artigos Nanomodified sugarcane bagasse biosorbent: synthesis, characterization, and application for Cu(II) removal from aqueous medium e Hexavalent chromium removal from water: adsorption properties of in natura and magnetic nanomodified sugarcane bagasse.

A técnica também pode ser adaptada pra retirada de corantes sintéticos, drogas, hormônios e pesticidas que estejam na água..

Em testes realizados em laboratório, os cientistas já conseguiram que outros compósitos – feitos à base de resíduos de biomassa e magnetita – removessem até mesmo petróleo bruto e outros tipos de óleo derramados em água, tendo resultado de mais de 80% de eficácia.