De acordo com o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 45 milhões de pessoas com deficiência (PCDs), o que destaca a importância do desenvolvimento de tecnologias assistivas que melhorem a qualidade de vida e promovam a inclusão, em todos os aspectos.
Uma dessas soluções foi desenvolvida pela Hoobox Robotics, de São Paulo. A startup criou um sistema capaz de traduzir expressões faciais em comandos para controlar uma cadeira de rodas, sem exigir sensores corporais, nem treinamento.
Hoje o Wheelie, como o projeto foi batizado, reconhece até 9 expressões faciais, como um beijo, um sorriso, um levantar de sobrancelhas e micro movimentos nos olhos, transformando-os em comandos para controlar uma cadeira de rodas, como ir para frente, para trás, virar à esquerda e à direita.
A solução, desenvolvida com o apoio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), da Fapesp, foi pensada para permitir que o usuário também consiga se expressar sem movimentar o equipamento involuntariamente. Durante uma conversa, por exemplo, o sistema desabilita o uso das expressões. Além disso, o Wheelie prevê quando a pessoa vai tossir, espirrar e bocejar.
Os primeiros clientes da startup estão no estado da Califórnia. São pessoas que sofreram traumas na coluna vertebral e hoje estão tetraplégicos, pacientes com doenças neurodegenerativas, como a ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica) e vítimas de AVC.
A Hoobox Robotics não desenvolve cadeiras de rodas. A startup fornece um kit que pode ser instalado em cadeiras motorizadas. A startup brasileira foi destaque no estande da Intel durante a Consumer Eletronics Show (CES), realizada em Las Vegas, nos Estados Unidos, em janeiro.
Fonte: simi.org.br