Cientistas brasileiros da Universidade de São Paulo com apoio do Programa da Fapesp, Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), desenvolveram um novo método para monitorar a pressão intracraniana. O equipamento promete medir a pressão interna do cérebro de pacientes com hidrocefalia, traumatismo craniano e tumores, sem a necessidade de perfurar o crânio. As informações são do Portal Exame.
"Começamos o projeto com um método minimamente invasivo e, por meio das pesquisas que realizamos ao longo desses cinco anos, conseguimos desenvolver nos últimos meses mais dois equipamentos não invasivos", explica o professor da USP, Sergio Mascarenhas. Os pesquisadores querem evitar a necessidade de raspar o cabelo e realizar uma pequena incisão na pele da cabeça do paciente, para colar um sensor sobre o crânio que registra deformação óssea.
Duas versões do equipamento já foram desenvolvidas pelos pesquisadores. A primeira delas, que pode ser utilizada em clínicas e ambulatórios, é presa à cabeça do paciente. O segundo equipamento, batizado de Brain Strap, pode ser colocado em volta do crânio das pessoas que não precisam ficar imóveis.
Os equipamentos estão em fase de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e serão certificados também pela agência regulatória de alimentos e fármacos dos Estados Unidos (FDA, em inglês). Os cientistas também planejam patentear o método em alguns países europeus com o apoio da FAPESP. Além disso, os pesquisadores planejam publicar artigos em revistas da área de saúde pelo mundo.