Diante da explosão de casos de dengue, o governo de São Paulo decretou emergência em saúde pública para agilizar ações de combate à doença. O anúncio foi feito pelo secretário estadual de Saúde, Eleuses Paiva, no Instituto Butantan, em 19 de fevereiro de 2025.
Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, o estado já registrou 124.038 casos prováveis de dengue, com 113 mortes confirmadas. Além disso, 225 municípios enfrentam uma epidemia da doença, sendo que 60 já decretaram emergência municipal.
Alta incidência preocupa autoridades
A taxa de infecção atingiu 300 casos para cada 100 mil habitantes, um patamar alarmante. A circulação do sorotipo 3 do vírus da dengue, que estava inativo há anos, tem sido apontada como uma das principais causas do aumento expressivo de casos. Isso ocorre porque grande parte da população não tem imunidade contra essa variação do vírus.
Situação nacional e impactos esperados
Em todo o Brasil, o Ministério da Saúde já confirmou 131 mortes por dengue em 2025, enquanto 233 óbitos seguem em investigação. Em 2024, o país registrou 6.216 mortes pela doença, sendo 2.174 apenas em São Paulo .
Medidas adotadas pelo governo paulista
Para tentar conter o avanço da epidemia, o governo anunciou uma série de ações emergenciais, incluindo:
Abertura de novos leitos hospitalares para pacientes com dengue grave;
Investimento de R$ 3 milhões na compra de equipamentos de nebulização (fumacê);
Distribuição de medicamentos para cidades com escassez de insumos;
Reforço no financiamento do SUS, com um aumento de 20% no Teto MAC para custear o atendimento dos casos graves.
Vacina do Butantan em fase final
O Instituto Butantan está desenvolvendo uma vacina de dose única contra a dengue, que aguarda a aprovação da Anvisa para iniciar a produção em massa. No entanto, ainda não há previsão oficial para sua disponibilização.
Perspectivas para os próximos meses
Especialistas alertam que o pico da epidemia de dengue costuma ocorrer entre abril e junho, o que pode fazer os números aumentarem ainda mais. Com a crise sanitária se agravando, autoridades reforçam o apelo para que a população elimine possíveis criadouros do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença