Os primeiros 50 dias de 2025 apresentaram uma redução de 65% nos casos de dengue , comparando-se o mesmo período de 2024.
Apesar do avanço no controle da doença, a letalidade continua sendo um fator de alerta para as autoridades de saúde. Foi o que explicou o secretário adjunto Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) , Rivaldo Venâncio, durante a 2ª reunião ordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) , realizada na quinta-feira (27), na Opas, em Brasília.
“ Tivemos um avanço significativo na redução dos casos, o que demonstra a efetividade das medidas adotadas por estados e municípios em parceria com o Ministério da Saúde. No entanto, o número de óbitos ainda é preocupante e exige monitoramento contínuo ”, afirmou Rivaldo.
Até o momento, foram registrados 455 mil casos de dengue em 2025, contra 1,2 milhão no mesmo período de 2024. No entanto, o Brasil contabiliza 199 mortes confirmadas e outras 426 em investigação. A região Sudeste concentra entre 60% e 70% dos casos, com quase 337 mil registros. O estado de São Paulo lidera os números, com 255 mil casos, mais da metade do total do país. E contabiliza 154 óbitos e 279 óbitos suspeitos.
Queda nos casos de chikungunya e avanço do vírus Oropouche
Além da dengue, os números da chikungunya também apontam uma melhora. Em 2025, houve uma redução superior a 50% dos casos em relação ao ano anterior. Os 32 mil registros da doença se concentram em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais, onde o Ministério da Saúde intensificou ações de controle.
Já o vírus Oropouche tem preocupado as autoridades de saúde por sua recente expansão. Em 2025, foram confirmados 5.514 casos, sendo 84,2% deles no Espírito Santo. A doença, que antes era restrita à região Amazônica, agora se concentra no Sudeste. “ O aumento dos casos de Oropouche demonstra a necessidade de ampliar a vigilância epidemiológica e o diagnóstico precoce. Estamos atentos a essa mudança no perfil da doença e reforçando ações para evitar surtos ainda maiores ”, destacou Rivaldo Venâncio.
Medidas de controle e parcerias
Desde a ativação do Centro de Operações de Emergência (COE-Dengue) , em 8 de janeiro, o Ministério da Saúde tem intensificado ações para conter o avanço das arboviroses. Entre as principais medidas adotadas, estão:
O secretário adjunto da SVSA reforçou a importância da cooperação entre os diferentes níveis de gestão. “Os esforços para o controle das arboviroses são de responsabilidade coletiva. Precisamos da participação ativa dos gestores estaduais e municipais para garantir que essas estratégias cheguem à população de forma eficaz”, afirmou Venâncio.
Febre amarela: alerta para ampliação da vacinação e vigilância epidemiológica
Outro ponto relevante abordado pelo secretário adjunto Rivaldo Venâncio foi a febre amarela . Ele destacou a necessidade de ampliar a cobertura vacinal contra a doença, reforçando a importância da imunização como principal estratégia de prevenção.
Além disso, o secretário chamou a atenção para a intensificação da vigilância epidemiológica, especialmente no monitoramento de primatas não humanos com suspeita da doença e na identificação de possíveis casos em humanos. O acompanhamento desses indicadores é fundamental para antecipar surtos e garantir uma resposta rápida das autoridades de saúde.
Compromisso contínuo
As discussões na CIT reforçam o compromisso do Ministério da Saúde com o controle das arboviroses e a proteção da população. A mobilização junto a estados e municípios segue intensa, com reuniões frequentes e acompanhamento das ações locais.
Grande São Paulo
Entre os municípios da Grande São Paulo, região do Alto Tietê, Guarulhos é a cidade campeã da dengue, foram registrados somente nesses dois primeiros meses do ano, 1.745 casos, depois aparece a cidade de Mogi das Cruzes com 248 e duas mortes que estão sendo investigadas. A cidade com o maior número de registro proporcional à população é Ferraz de Vasconcelos que registrou até o momento 126 casos. Confira a tabela dos municípios afetadas pelo mosquito da dengue, incluindo o município da Baixada Santista, Bertioga.
Covid-19
O Jornal Impresso Brasil (JIB), também fez levantamento no Ministério da Saúde a respeito da Covid-19, na Grande São Paulo, entre os municípios do Alto Tietê e Bertioga que pertence ao Litoral Paulista, região da Baixada Santista. O levantamento constatou zero de casos de Covid-19 entre as 12 cidades pesquisadas.