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Brasil pode repetir caminho tecnológico da Coréia do Sul e Canadá

Publicado em 11 novembro 2003

Em termos de número de patentes, por exemplo, enquanto o País produz um pouco mais de 200 por ano, a Coréia do Sul, que há duas décadas estava no mesmo patamar brasileiro, já rompeu a barreira dos 3 mil registros anuais de propriedade intelectual. Segundo informações divulgadas pela agência da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), na Coréia do Sul houve uma grande vontade política no sentido de favorecer a inovação tecnológica, conforme mostrou Carlos Henrique Brito Cruz, reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no simpósio "Financiamento da Pesquisa e Desenvolvimento da Nação Brasileira". O evento, que ocorreu na quinta-feira (6/11), na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), foi uma homenagem aos 70 anos de Francisco Romeu Landi, diretor-presidente do Conselho Técnico Administrativo da FAPESP e presidente do Fórum Nacional das FAPs. No Brasil, segundo Landi, a situação, que pode até ser considerada desastrosa pelos últimos 20 anos, também pode se transformar no futuro e seguir o ritmo de outros países, como o Canadá e a própria Coréia do Sul. "A China inventou a bússola, a pólvora e também teve a maior frota naval do mundo por volta de 1400. Portugal, quando decidiu encontrar uma rota alternativa para as índias, também conseguiu um grau muito elevado de inovação". Dentro da revolução que se processa no início do século 21, baseada no tripé "informação, mecânica quântica e biologia molecular", Landi mostrou preocupação com a necessidade de uma articulação política para inserir o Brasil no caminho da inovação e também de como deve ser a formação dos engenheiros daqui para frente. "É fundamental ter uma visão mais ampla", disse.