O código de país ".br" acaba de completar 20 anos de sua ativação e o Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por coordenar e integrar todas as iniciativas de serviços Internet no país, comemora essa data.
Foi em 18 de abril de 2009, no ano de 1989, que Jon Postel, o IANA da Internet (Internet Assigned Numbers Authority) delegou à iniciativa acadêmica brasileira em redes a gestão do domínio de topo para o Brasil (ccTLD). Entrava em operação o ".br".
Na época as redes predominantes no cenário acadêmico brasileiro eram a BITNET (Because It's Time NETwork), a HEPnet (High Energy Physics Network) e a UUCP (Unix-to-Unix Copy Program). Assim, antes mesmo da conexão brasileira à Internet, que se daria em 1991, o domínio foi utilizado para identificar as máquinas que participavam das redes já utilizadas pelos acadêmicos. O futuro espaço de nomes da Internet no Brasil começara a se estruturar.
O registro de domínios sob o ".br" era feito, então, de forma manual pelo Registro Brasileiro, operado na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Essencialmente, apenas pesquisadores e as instituições às quais eles pertenciam tinham interesse e condições em se integrar à nova rede e, portanto, em registrar um domínio sob o ".br".
Em janeiro de 1991, valendo-se da conexão Fapesp-Fermilab, o Brasil aderiu à ESnet (Energy Sciences Network) e, assim, à própria Internet. Os primeiros pacotes TCP/IP brigaram por algum espaço na já congestionada linha internacional de 9600 bps. Aos poucos, a Internet cresceu, ganhou novos espaços e se abriu ao público. E foi durante a ECO-92 que outros segmentos da sociedade civil, representados pelos participantes desta conferência internacional, tiveram contato e acesso à Internet. A partir deste momento, nomes de máquinas no padrão Internet (TCP/IP) foram rapidamente povoando o ".br".