Neste sábado, 19 de julho de 2025, o Brasil inaugurou em Curitiba (PR) a maior biofábrica do mundo para produção de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, tecnologia que impede a transmissão de dengue, Zika e chikungunya. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou que a fábrica, resultado de um investimento superior a R$ 82 milhões em parceria com a Fiocruz, Tecpar, IBMP e WMP, alcançará uma produção de 100 milhões de ovos por semana.
Essa capacidade permitirá expandir o alcance da tecnologia de 5 milhões para 140 milhões de pessoas em aproximadamente 40 municípios com alta incidência de arboviroses. A Wolbachia, já em uso no Brasil há mais de 10 anos e ampliada desde 2023, demonstrou resultados positivos, como a queda de 69% nos casos de dengue em Niterói (RJ). O método também é economicamente vantajoso, gerando uma economia de R$ 500 para cada R$ 1 investido. Atualmente, a tecnologia é utilizada em 16 cidades prioritárias e posiciona o Brasil como referência global no controle de arboviroses, com a tecnologia já adotada em 14 países.
Além da Wolbachia, o Ministério da Saúde reforça o combate à dengue com a vacinação pelo SUS (Brasil foi o primeiro país a oferecer), com mais de 16 milhões de doses adquiridas. A produção nacional da vacina pelo Instituto Butantan, com previsão de 60 milhões de doses anuais a partir de 2025, permitirá ampliar a faixa etária da imunização.