Um tratamento à base de cápsulas ou sementes radioativas de iodo-125 para o câncer de próstata, que apresenta um índice de cura de 88% estará, mais acessível aos pacientes brasileiros em breve. Uma equipe de pesquisadores do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) acaba de dominar a técnica para a produção das sementes, que até o momento precisavam ser importadas.
O uso de sementes de iodo-125 faz parte de um tipo de tratamento relativamente recente, indicado para tumores em estágio inicial. A terapia consiste em implantar o medicamento na próstata para destruir as células doentes - como o material usado na fabricação do fármaco é biocompatível, não é preciso removê-lo. A ação da semente - por cerca de dez meses - fica restrita à próstata e atinge órgãos saudáveis, como bexiga, reto e uretra, com menor intensidade do que a radioterapia.
Além de ser uma técnica menos invasiva do que a cirurgia para retirada da próstata, o implante de semente de iodo-125 causa efeitos colaterais mais brandos - enquanto entre 60% e 90% dos pacientes submetidos à cirurgia apresentam problemas de impotência sexual, apenas cerca de 30% dos homens que recebem o implante apresentam o distúrbio.
As sementes de iodo-125 serão produzidas no Ipen, que fica dentro da Universidade de São Paulo, e devem começar a ser vendidas em 2004. O produto nacional custará 40% menos do que o estrangeiro - importado a cerca de 40 dólares a unidade. Outro uso do medicamento é no tratamento de tumores oculares malignos e benignos. 0 índice de cura chega a 95%.
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Galileu