Brasília - O Brasil tomou-se o primeiro pais a fazer o mapeamento genético do café, identificando a maior parte dos genes do produto. Á partir de agora, os cientistas brasileiros passarão a estudar formas de melhorar a qualidade do café e aumentar sua produtividade. Os resultados da pesquisa de mapeamento, que durou 18 meses, foram anunciados ontem pela Empresa Brasileira de Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e o Instituto Uniemp.
A partir do Projeto Genoma Café será possível desenvolver produtos resistentes a doenças e a alterações climáticas, incentivar a produção de orgânicos e criar tecnologias sustentáveis para proteger o meio ambiente.
As instituições envolvidas admitem entrar mais fundo na pesquisa de transgênicos, um campo ainda polêmico no Brasil.
"É possível, mas estamos tratando disso com cuidado é preferimos buscar a forma natural. O importante é que vamos melhorar preço, custos, qualidade e produtividade. Podemos, por exemplo; desenvolver café fraco, café forte, com cafeína, com pouca cafeína, sem cafeína, enfim, temos um universo pela frente", disse o chefe da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, José Manuel Cabral.
Depois de conhecido o genoma, o próximo passo será selecionar trechos mais promissores e estudar caminhos para aperfeiçoar o produto de acordo com as necessidades do consumidor.
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O Estado do Paraná