O Governo Federal anunciou nesta terça-feira, 25, um investimento total na parceria de R$ 1,26 bilhão, com auxílio do Novo PAC que vai atender o Programa Nacional de Imunizações (PNI) entre 2026 e 2027, mas o destaque é uma vacina brasileira contra a dengue.
Para o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, os anúncios são históricos. Ele celebrou o lançamento da vacina contra a dengue, explicando que seu desenvolvimento foi demorado e complexo porque precisou ser testado contra os quatro sorotipos da doença.
“É uma vacina contra os quatro tipos de dengue, tetravalente, que facilita muito. E por isso ela é demorada, leva anos e anos, pois você tem um foco de tipo 2, vai lá e testa. Aí fica esperando o tipo 1, vai lá e corre. Depois o 3, o 4. Teve que acertar os quatro para ter, numa vacina só, a tetravalente”, explicou Alckmin.
Para a vacina da dengue Butantan-DV – a primeira de dose única contra a doença e que se encontra em validação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – será estabelecida uma parceria com empresa privada para ampliar as capacidades de produção, por meio do PDIL. A expectativa é disponibilizar, a partir de 2026, 60 milhões de doses da vacina por ano no Sistema Único de Saúde (SUS), em caso de aprovação da Anvisa. Entre 2023 e 2024, o Brasil viveu um aumento de 300% nos casos de dengue.
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A ministra Nísia Trindade (Saúde) destacou a importância da iniciativa para o fortalecimento da capacidade nacional de produção de imunizantes.
“Essa vacina vem sendo desenvolvida há muito tempo. Com a pandemia, nós aprendemos muito de desenvolvimento rápido. A vacina será em dose única e válida para os quatro sorotipos. Vários artigos científicos vêm demonstrando esse poder. Já tem a definição de 60 milhões de doses em 2026, e a continuidade da sua produção. A gente espera, em dois anos, poder vacinar toda a população elegível”, disse a ministra.
Nísia ressaltou que, no primeiro momento, a vacina não será destinada a idosos, pois os testes clínicos exigem critérios específicos para essa faixa etária. “Por enquanto, os idosos ainda não poderão tomar, porque, quando as vacinas são testadas, há sempre um cuidado com a população idosa. Com isso, teremos a possibilidade de vacinar a população brasileira dentro da faixa que for, naturalmente, recomendada pela Anvisa para a dengue. Isso é um fato único no mundo até agora”, afirmou Nísia.
Segundo a titular da Saúde, os investimentos são fundamentais para garantir respostas eficazes às emergências sanitárias e reduzir a dependência do Brasil de importações no setor da saúde. O protagonismo do Governo Federal fará com que a capacidade produtiva e de oferta de uma vacina 100% nacional contra a dengue cresça 50 vezes.
Até a vacinação em massa, continuam fundamentais o reforço das ações de prevenção, vigilância e preparação da rede de assistência, essencial para evitar óbitos. A atual gestão do Governo Federal é responsável pela expansão do uso de novas tecnologias de prevenção à dengue – como o método Wolbachia e as Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDL). Todas as ferramentas disponíveis têm sido potencializadas no país.
(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)