O Brasil teve reconhecido seu papel como um dos líderes da pesquisa mundial de genética do câncer com a publicação de um estudo sobre métodos de identificação de partes de genes associadas a tumores. O estudo sobre o método Orestes de seqüenciamento está na edição desta semana da revista americana "Proceedings of the National Academy of Sciences" (PNAS), uma das mais importantes do mundo.
O Projeto Genoma Humano do Câncer é responsável pelo seqüenciamento de 1.2 milhão de fragmentos de genes tumorais expressos em cânceres comuns no Brasil, como mama, cabeça e pescoço, intestino, estômago e colo de útero. Mais de 700 mil dessas seqüências já foram cedidas pelos cientistas brasileiros ao GenBank, banco de dados do genoma pertencente ao governo dos EUA.
A pesquisa é desenvolvida pelo Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer, em São Paulo, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). "É um reconhecimento de nossa liderança no campo do genoma do câncer, no qual estamos atrás somente dos EUA. Hoje, podemos dizer seguramente que o Brasil é um dos principais responsáveis pelo fato de a ciência já conhecer a metade dos cerca de dois mil genes associados ao câncer", explica Andrew Simpson, coordenador do projeto.
Notícia
Época online