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Boeing aposta em pesquisa no Brasil

Publicado em 09 dezembro 2012

O Brasil está perto de se tornar um dos protagonistas mundiais da produção de biocombustíveis para aviação. Desde o ano passado, a norte-americana Boeing, gigante da indústria aeroespacial, coordena estudos a fim de identificar oportunidades para a criação de uma indústria de combustível bioderivado em território tupiniquim.

Em parceria com a Embraer e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a empresa vai apresentar, no final de fevereiro, um relatório para nortear a criação de um centro virtual de pesquisa e desenvolvimento de biocombustíveis no país.

A proposta é implantar o projeto nas principais universidades brasileiras que já possuam tradição no setor. “Estamos trabalhando na busca das melhores alternativas para a produção de biocombustíveis a partir de produtos agrícolas, visando a substituição dos de origem fóssil”, afirma o coordenador adjunto para programas especiais da Fapesp, Luis Cortez.

 Potencial

De acordo com a gerente de projetos da equipe de tecnologia da Boeing Pesquisa e Tecnologia, a brasileira Nirvana Deck, o histórico do Brasil em produção de biocombustíveis é um aliado importante.

“O país está em uma posição estratégica e a Boeing identificou isso. Vários países buscam a tecnologia do biocombustível para aviação, mas o Brasil, além da grande oferta de matéria-prima, acumula conhecimento e disposição da indústria e das universidades”, diz Deck.

 Etapas

 Desde o ano passado, sete workshops foram realizados pelas empresas parceiras para discutir o processo de criação do centro de pesquisas e da produção efetiva do biocombustível.

 “Acredito que ainda vamos levar alguns anos para produzir, de fato, o biocombustível para aviões, e ele vai demorar mais algum tempo para ser empregado em larga escala”, afirma Cortez.