O instituto de pesquisa, vinculado ao estado de São Paulo, está mais perto de conseguir o registro na Anvisa depois de publicar os primeiros resultados do ensaio clínico da fase 3 no New England Journal of Medicine, uma das mais prestigiadas revistas científicas do mundo.
O Instituto Butantan, órgão vinculado ao estado de São Paulo, acaba de publicar os primeiros resultados do ensaio clínico da fase 3 de vacina contra a dengue no New England Journal of Medicine, uma das mais prestigiadas revistas científicas do mundo.
O estudo foi financiado pelo BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, que apoiou o Butantan com R$ 97,2 milhões de reais para custeio de ensaios clínicos e construção de uma planta de produção.
Os recursos correspondem a 31% do investimento total na pesquisa da vacina.
O imunizante produzido pelo Butantan foi feito com os quatro tipos de vírus da dengue atenuados. Por isso, quando estiver disponível para a população, a vacina vai oferecer proteção robusta contra os quatro sorotipos.
Ela é de dose única e, durante os primeiros testes, evitou a doença em 79,6% dos vacinados ao longo de dois anos, com proteção tanto para quem já tinha tido dengue, como para aqueles que ainda não tinham contraído o vírus.
A eficácia foi avaliada em 16.235 voluntários de todo o Brasil, com idades de 2 a 59 anos.
De acordo com o Ministério da Saúde, de janeiro até meados de fevereiro de 2024, foram registrados 1 milhão e 300 mil casos prováveis de dengue no Brasil, com 343 mortes confirmadas e 775 sob investigação.
O imunizante ainda precisa passar pelos ensaios clínicos finais antes do processo de registro na Anvisa, até ser incorporado pelo SUS. A expectativa é que isso ocorra em 2025.
Da Rede Nacional de Rádio, em Brasília, Luciano Seixas
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