Nunca se soube tanto quanto hoje sobre as mais variadas formas de vida encontradas no Estado de SP, um território com 250 mil quilômetros quadrados, um pouco maior do que a Grã-Bretanha - sejam elas microrganismos, plantas ou animais que habitam a terra firme, a água doce ou o mar. Até agora, US$ 10 milhões foram destinados a cerca de 50 projetos do Biota, um programa guarda-chuva que abriga iniciativas das mais diversas e em áreas distintas. Dentro do Biota, há estudos sobre peixes de água doce e animais marinhos; trabalhos sobre a distribuição dos mamíferos das Américas; projetos que tentam descobrir árvores capazes de retirar grandes quantidades do poluente gás carbônico da atmosfera; levantamentos sobre o grau de preservação da vegetação nativa no Estado. Um dos filhotes mais recentes do programa é a BIOprospecTA, rede que procura biofármacos escondidos nas matas e rios, cujos primeiros quatro projetos de pesquisa acabam de ser aprovados. Esses são apenas alguns exemplos da abrangência do Biota. Com a dedicação e a competência dos 500 pesquisadores e 500 alunos de graduação e pós-graduação que participam de seus projetos, o Biota inaugurou uma nova forma de fazer pesquisa na área ambiental. Estimulou o trabalho em conjunto e o intercâmbio de informações, em especial via internet, entre pesquisadores baseados em dezenas de instituições de SP (e de outros estados e até do exterior) que antes tendiam a ficar isolados em seu campo específico de trabalho. 'A Fapesp não passou a gastar mais em estudos ambientais com o Biota. Passou a gastar melhor', afirma o biólogo Carlos Alfredo Joly, da Unicamp, ex-coordenador do programa. 'Mudamos o paradigma de quem trabalha com história natural. O lema agora é compartilhar dados.' Site da revista: http://www.revistapesquisa.fapesp.br (Agência Fapesp, 20/12)
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