Descobrir quando e por que as cobras picam. Esse é o objetivo de uma pesquisa do Instituto Butantan, em São Paulo, que usou mais de cem animais peçonhentos para descobrir. Um biologo pisou milhares de vezes. Os resultados foram publicados no início deste mês na revista científica Nature.
Conforme a reportagem do O Globo, João Miguel Alves Nunes, orientando de um pesquisador, usou 116 animais. O número total de pisadas somou 40.480. Eu pisei perto das cobras e também levemente em cima delas”, contou ao jornal. “Não coloquei todo o meu peso sobre o pé, portanto não machuquei as cobras.”
Ele disse que, quanto menor o animal, maior a chance de picar. A pesquisa ainda descobriu que a fêmea é mais agressiva que o macho, especialmente quando são jovens e durante o dia.
Outro fator que pode ser determinante é o tempo: quanto mais quente, maior a chance. Além disso, se os animais são tocados na cabeça, o ataque é mais propício a acontecer.
Com nossas novas descobertas, podemos prever onde as picadas podem ocorrer e planejar melhor a distribuição do antiveneno”, disse o jovem.