O biólogo João Miguel Alves Nunes, escolheu uma metodologia diferente e inusitada para entender em quais ocasiões as cobras atacam. O pesquisador, depois de muito estudo, decidiu pisar em mais de 100 jararacas para observar o comportamento das serpentes.
Durante o Jornal Novabrasil desta terça-feira (21), o biólogo explicou como foi realizado o estudo e contou sobre a experiência.
“Eu pisei em 116 animais, pisando perto, pisando no corpo do animal, de dia, de noite, totalizando 40480 pisadas; Mais de 40 mil vezes eu coloquei meu corpo para o bicho morder.
Nós identificamos que a jararaca é mais brava. A gente tá pra lançar um artigo, fizemos uma comparação entre jararaca e cascavel. A jararaca tem mais casos de acidente, cascavel tem pouco”, explicou.
Ele também disse ao apresentador Heródoto Barbeiro que não é verdade que as cobras tenham o instinto de perseguir os humanos.
“As cobras não perseguem o ser humano, é raro. Os animais têm personalidade, mas de maneira geral, o comportamento defensivo mais executado pelas serpentes é a fuga. Se a serpente tá longe, pode deixar passa, ela te enxerga como grande predador”, disse o bíologo.