Acabam de ser publicados os dois primeiros volumes da série Biodiversidade do Estado de São Paulo, Brasil: síntese do conhecimento ao final do século XX. Fungos Macroscópicos & Plantas; e Vertebrados. Composta por sete volumes, a série traz "diagnóstico do conhecimento acumulado sobre a biota paulista e a infra-estrutura do estado para conservação da biodiversidade. Os interessados podem adquirir os livros através do site do programa BiotaSP-Fapesp: http://www.bdt.org.br/bdt/biotasp/livros
Acesso ao Web oF Science: problemas
Veja aqui os comentários sobre os problemas de acesso à base de dados Web of Science, que nos enviou Edgardo A. Prado, professor da Universidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, e doutorando da área de química na Unicamp:
"O Web of Science é uma enorme base de dados de propriedade do ISI (Institute for Scientific Information) com os abstracts e informações sobre publicações em periódicos indexados (patentes não entram, ao contrário do, por exemplo, Chemical Abstracts), à qual a Capes está disponibilizando (pagando) o acesso das Universidades federais assim como a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa de SP) vinha fazendo há mais de um ano com as estaduais paulistas.
Algumas idéias sobre esta 'maravilha':
Isto é o resultado do corte de mais de 50% (conforme já publicado pelo Jornal da Ciência) da compra de periódicos da Capes.
Você acessa os abstracts no endereço na Internet http://webofscience.fapesp.br pede pelo Comut das poucas Universidades que terão às bases de periódicos 'reais', e o Brasil economizou alguns milhões.
Problemas:
- A Capes não tem idéia do trabalho que vão ter estas bibliotecas 'eleitas' para atender aos pedidos. Aliás, nem lhes perguntou. Funcionários treinados, máquinas de xerox de qualidade e um correio decente seriam os pré-requisitos mínimos.
Alguém tem idéia do que pode ocorrer quando isso estiver funcionando? Caos completo, atrasos no Comut, solicitações 'perdidas' etc. Espero sinceramente que não, mas...
- Risco de incêndio (?) se só existe uma ou duas coleções de um periódico no Brasil, já viu, não é?
- O preço do serviço: se você tem as bases de dados, o ISI não pode cobrar muito de você senão você vai procurar no papel, como antes. Se você não tem as bases de dados...
- A disponibilidade. A Fapesp estava pagando cota para um máximo de 10 usuários simultâneos e às vezes 'lotava'.
Todo o país usando as mesmas 10 vagas, já viu, não é?
- A função da revista: Muitos laboratórios assinam tal revista ou os professores assinam e levam para o laboratório porque folhear faz parte de sua utilidade.
Imagine você procurando um assunto no índice da revista Veja, por exemplo. Olha o índice na Internet, não acha o que procura e fecha.
O mais normal é você folhear sem saber o que tem dentro e ser surpreendido por isto ou aquilo.
- E, por fim (?), o custo do Comut nunca foi barato e agora vai pesar no orçamento das Universidades que não tenham as bases de dados ao alcance de uma máquina de xerox.
Exemplo: vai ficar muito mais barato fazer pesquisa bibliográfica na USP do que na Universidade Federal do Pará.
Notícia
Jornal da Ciência online