Já sentiu dores na lombar ou na cervical no fim do dia? Esse tipo de queixa pode estar relacionado ao uso de dispositivos eletrônicos, como o celular e o computador.
É o que aponta uma pesquisa publicada na revista Helthcare, que mostra como os hábitos de uso desses aparelhos estão relacionados a problemas na região das costas. O alerta do estudo é que o problema está mais presente entre os jovens.
“É preocupante porque eles ainda estão nessa faixa de 14 a 18 anos e o aparecimento dessas dores precoces pode indicar que eles sejam adultos com dores. Isso é um problema para a saúde pública e para a qualidade de vida em geral desses adolescentes”, analisa Alberto de Vitta, doutor em educação pela Unicamp, com pós-doutorado em Saúde Pública pela Unesp de Botucatu.
Ele é um dos responsáveis pelo estudo que foi realizado em Bauru, interior de São Paulo em 2017 e 2018 com alunos do ensino médico e demonstrou que aqueles que faziam uso de celular por mais de três horas diárias tinham mais propensão a ter dores.
Vitta explica que o problema é reversível com programas de atividade física e treinamentos de postura. “Esse conjunto de intervenções vão tentando controlar esse uso, já que nós não podemos eliminar totalmente. Então é fundamental que a gente tenha políticas públicas no sistema educacional, principalmente, para controlar esses fatores”, defende.
Se caso o adolescente manifestar dor, o especialista indica reduzir o uso de dispositivos e fazer exercícios simples de postura, com ajuda de um profissional, para evitar que se torne crônico.
O estudo também relacionou que adolescentes com dores tem mais chances de baixa saúde mental e emocional, com stress, do que os adolescentes que não apresentam dor. O desempenho acadêmico não foi abordado na pesquisa. Confira a entrevista completa com o especialista na edição desta quinta-feira do Programa Bem Viver.
Xô dengue
Pesquisadores do Brasil e de mais 53 países assinaram uma carta com a proposta de uma vigilância mundial para vírus endêmicos, como zika, dengue e chikungunya. Isso porque no verão aumentam casos dessas doenças. A ideia é que seja implantado um modelo semelhante ao combate do coronavírus.
Em 2023 o Brasil já ultrapassou o limite máximo esperado, considerando a série histórica. Nos últimos dados de junho, o país registrou a marca de um milhão de casos. Ao todo são 1.379.983 ou seja são 22% a mais em relação ao número de casos no mesmo período de 2022.
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Em relação ao número de mortes, são mais de 645 óbitos neste ano. Os dados são do Centro de Operações de Emergências em Saúde (Coe), do Ministério da Saúde, instalado neste ano para traçar estratégias para redução do número de casos graves e óbitos por essas doenças. As informações estão na edição do Repórter SUS , que conversou com o pesquisador Gabriel Wallau, da Fiocruz.
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O programa Bem Viver vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo.