Enquanto a vacinação contra a Covid-19 no Brasil ocorre, por enquanto, nas faixas etárias mais altas, jovens e adolescentes estão sendo imunizados no Exterior. É o caso do bauruense Léo Jacob, que, com apenas 14 anos, já foi vacinado contra o novo coronavírus. Ele recebeu a primeira dose do imunizante no Texas, Estados Unidos (EUA), onde a família está morando temporariamente. A aplicação ocorreu no dia 13 de maio, logo após a Pfizer ser aprovada por lá para uso emergencial em adolescentes entre 12 e 15 anos. Até então, o imunizante estava disponível apenas a jovens até 16 anos.
"Sinto um alívio, estou bem mais seguro quanto a pegar Covid. No dia 29 de maio, tomarei a segunda dose. Aqui, quase ninguém mais usa máscara, a não ser para entrar em alguns locais, como lojas. Com a vacina, a vida vai voltando para a normalidade", comenta o adolescente. Daqui a algumas semanas, ele e a família, que estão na cidade de Richardson, devem retornar para Bauru.
"Espero que bastante vacina chegue ao Brasil em breve. Gostaria muito que meus tios (Wagner, de 59 anos e Ricardo, de 49 anos) também tomassem a vacina. Eles são os únicos da família, no Brasil, que não conseguiram", acrescenta. A preocupação não é sem motivos, uma vez que Léo perdeu, recentemente, um tio para a Covid-19 em Bauru. Antonio Schiavinato, conhecido como Toninho, era mantenedor do Colégio Rembrandt COC e morreu por conta da doença em fevereiro deste ano.
Na farmácia
Léo Jacob conta que agendou pelo celular a vacinação e foi até a farmácia de um supermercado próximo para se imunizar. "Eu não recebi nada, mas uma moça que se vacinou pouco antes de mim recebeu um vale-compras como incentivo pela vacinação", detalha o adolescente. ESTÍMULO Mãe dele, Regina Tangerino de Souza Jacob explica que, nos Estados Unidos, há campanhas de estímulo à segunda dose, que incluem até voucher em estabelecimentos. Ela relata ainda que, a cada dois quilômetros, é possível encontrar locais para se vacinar, o que pode ocorrer com ou sem agendamento prévio. Pesquisadora, Regina desenvolve um estudo fomentado pela Fapesp no Hearing Health Lab da The University of Texas at Dallas. Ela é professora do Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB/USP) e está com os familiares nos EUA há quase de um ano.