Pesquisadores do CNPEM desenvolveram embalagem sustentável a partir do bagaço de cana para proteger chips e semicondutores contra descargas eletrostáticas
Pesquisadores do CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais) criaram o criogel condutivo, um material sustentável feito de celulose extraída do bagaço de cana e negro de fumo. O composto protege equipamentos eletrônicos sensíveis, como chips e semicondutores, contra descargas eletrostáticas.
Principais Pontos da Pesquisa
Composição e Produção: O criogel condutivo é produzido com celulose de resíduos agroindustriais e negro de fumo, proveniente da combustão incompleta de matéria vegetal e produtos petrolíferos.
Aplicação: Pode ser utilizado em embalagens para transportar microchips e semicondutores, substituindo as espumas plásticas derivadas de petróleo.
Publicação e Financiamento: A pesquisa foi publicada na revista Advanced Sustainable Systems e financiada pela FAPESP.
Vantagens: Oferece proteção contra descargas eletrostáticas, maior resistência ao fogo e versatilidade, utilizando matérias-primas abundantes como o bagaço de cana e resíduos agroindustriais.
Mercado e Patente: O material tem patente depositada e o CNPEM buscará parcerias para produção em escala industrial. Segundo dados do Departamento de Comércio dos EUA, o mercado global de embalagens para produtos sensíveis a descargas eletrostáticas pode atingir US$ 5,1 bilhões até 2026.
“Nosso objetivo é oferecer uma alternativa sustentável para a indústria de embalagens de produtos eletrônicos sensíveis, substituindo materiais plásticos por opções menos poluentes e de alto desempenho”, explica a pesquisadora Juliana Bernardes, do LNNano (Laboratório Nacional de Nanotecnologia) do CNPEM.