Capes propõe que qualidade dos programas de mestrado e doutorado seja estimada com base em parâmetros mais amplos e diversos que os atuais
O modelo de avaliação dos programas de pós-graduação do Brasil vai passar por sua maior reformulação em mais de duas décadas. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), agência ligada ao Ministério da Educação que examina a qualidade dos cursos de mestrado e doutorado do país, anunciou que os mais de 4 mil programas em atividade deixarão de ter uma nota única – que hoje vai de 3 até 7 para os recomendados e reconhecidos – e terão seu desempenho classificado em cinco dimensões: Ensino e Aprendizagem, Produção de Conhecimento, Inserção Internacional e Regional, Inovação e Transferência do Conhecimento e Impacto na Sociedade.
Os detalhes do sistema serão propostos nos próximos meses por especialistas da comunidade acadêmica e da área técnica da Capes. A mudança vai valer para o ciclo de avaliação que começa em 2021 e terá resultados divulgados em 2025.
O objetivo é promover uma avaliação mais precisa e detalhada dos programas, que leve em conta a vocação de cada um deles e permita a análise da qualidade em diversos aspectos, mostrando quais são os pontos fortes e os vulneráveis. Segundo o presidente da Capes, o engenheiro Anderson Ribeiro Correia, o modelo atual, que privilegia indicadores de pesquisa e ensino, foi importante para expandir a pós-graduação no Brasil desde a década de 1960, mas se tornou insuficiente para compreender a diversidade dos cursos.
Leia na íntegra: Pesquisa Fapesp