Distrito Federal - O Ministério de Minas e Energia (MME) realizou, na quinta-feira (27/01), Audiência Pública virtual sobre o Programa Metas para Condicionadores de Ar. O programa tem o objetivo de estabelecer novos índices mínimos de eficiência energética para os aparelhos de ar condicionado no Brasil.
A audiência realizada pelo Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética (CGIEE) teve a participação de organizações da sociedade civil e empresas produtoras de condicionadores de ar. Na oportunidade, foram apresentados os índices propostos pelo CGIEE para 2023, 2026 e 2029.
A análise de sensibilidade mostrou que os benefícios econômicos e ambientais para a sociedade superam o incremento calculado do custo/preço do equipamento.
“É extremamente importante a contribuição deste trabalho para minimizar os impactos das crises energéticas e climáticas e ainda manter a indústria nacional competitiva perante o mercado internacional. Além de contribuir para o cumprimento dos requisitos cobrados aos membros da OCDE, considerando a recente entrada do Brasil como membro deste fórum”, destacou Carlos Alexandre Principe, diretor do Departamento de Desenvolvimento Energético do MME e presidente do CGIEE.
O evento também levou em consideração um estudo feito pela Agência Internacional de Energia (IEA) e publicado em 2018, que mostrou que o consumo de condicionadores de ar deve triplicar em todo o mundo até 2050, sendo necessário atualizar os índices de eficiência para condicionadores de ar.
“O CGIEE irá avaliar todas as contribuições realizadas com foco nos consumidores e na diminuição dos impactos do setor, para que o cidadão se torne protagonista na luta contra as mudanças climáticas e a escassez hídrica. O evento é mais um exemplo da transparência do MME e do seu amplo envolvimento com a sociedade”, completou Carlos Alexandre.
De acordo com o estudo de impacto regulatório realizado pela Universidade Federal do ABC com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), a adoção de novos índices mínimos pode gerar uma economia de 119 TWh e um investimento de R$ 30 bilhões até 2040. Outro resultado positivo é que 72 milhões de toneladas de CO2 deixarão de ser emitidos na atmosfera.
* Redação Procel Info com informações do MME