O mercado de telefonia brasileiro pode ser dominado pelas grandes companhias. Mas oferece também espaço para os pequenos e médios empresários, como por exemplo, a AsGa Microeletrônica. A empresa multiplicou por seis seu faturamento, de R$ 16 milhões para R$ 90 milhões, com a venda de equipamentos ópticos.
Atualmente, as operadoras de telefonia no Brasil, sem exceção, são clientes da Asga. Além disso, a empresa começou a exportar produtos para Argentina, Chile, México e Miomi. "Temos 70% do mercado de 'modens' ópticos", diz Antonio Bartolo, gerente de marketing da Asga.
Segundo José Ripper Filho, presidente da Asga Microeletrônica, o ano de 2001 foi muito bom para a Asga, pois as operadoras fizeram grandes investimentos para antecipar as metas da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). "Tentaremos repelir neste ano o faturamento de R$ 90 milhões, de 2001. Mas, o mercado, em 2002, já sofre uma retração", diz.
A Asga fornece equipamentos de alta tecnologia que também são fabricados por multinacionais como Alcatcl e Lucent Technologies. "Uma empresa de médio porte tem mais agilidade na prestação de serviços. Além de poder reagir com mais rapidez às mudanças de mercado".
De acordo com Ripper, o mercado de telefonia sofreu muitas mudanças com as privatizações. "Era muito mais fácil planejar com as empresas estatais do que com as privadas, que alteram planos com mais freqüência".
PROJETO
A Asga Microeletrônica participou do Programa Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas (PIPE), da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Soa Paulo (Fapesp), para desenvolver equipamentos periféricos de acesso utilizados nas redes de telecomunicações.
Segundo José Ripper Filho, presidente da Asga Microeletrônica, a empresa está apostando nas vendas do último produto desenvolvido junto com a Fundação de Amparo à Pesquisa: o 'Multiplexador (MMO) SDH 63XEI". Ele permite a transmissão cm até 63 canais de acesso na rede e transforma sinais elétricos agregados para óptico e vice-versa. Para Ripper, esse produto apresenta alto nível tecnológico e segue padrão internacional. "O equipamento começou a ser produzido em janeiro. Acreditamos que esse será nosso carro-chefe para 2002".
Para o desenvolvimento do 'Multiplexador SDH 63XE1, foram investidos cerca de R$ 400 mil pela Fapesp e R$ 1,5 milhão pela AsGa. O projeto demorou cerca de um ano e meio para ser concluído.
Além do desenvolvimento do SDH 63XE1', o primeiro projeto realizado com a Fapesp foi o produto 'Multiplexador/Modem Óptico 16XE1', que é similar ao SDH, mas com menor capacidade, com até 16 canais de distribuição. "Esse projeto demorou cerca de um ano para ser desenvolvido", diz Ripper.
Fabiana Pio
Notícia
DCI