As pessoas param na rua, apontam as meninas e dizem: “Olha a cabecinha, olha os pezinhos tortos. Como é pequeninha. Ela teve aquele negócio da zika, foi?” A cena se repete com frequência. Raquel Barbosa, 25, perdeu o gosto de sair para a rua em Areia (PB) por conta disso. Ela é mãe das gêmeas Heloá e Heloísa, de sete meses, que nasceram com microcefalia, calcificações cerebrais e pés e mãos tortos (artrogripose). Heloá, menorzinha, tem a saúde mais frágil. Sem condições emocionais de cuidar dela, Raquel deixou a filha [...]
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