Os animais de grande porte escassearam e os pequenos se tornaram dominantes, mas praticamente não houve extinções globais na Mata Atlântica, de acordo com estudos realizados a partir da base de dados Atlantic Series, cuja elaboração reuniu cerca de 400 biólogos, ecólogos e engenheiros florestais do Brasil e de outros países.
Ao juntar informações de coleções biológicas de museus, artigos científicos, coletas de campo, bases on-line, dissertações de mestrado, teses de doutorado, relatórios técnicos e inventários de campo que haviam sido publicados ou não, os pesquisadores observaram também a resiliência – capacidade de adaptação – das espécies de mamíferos de grande e pequeno porte e de aves à extrema fragmentação da Mata Atlântica. A floresta que acompanha o litoral, entrando no interior de São Paulo e Minas Gerais, ocupa cerca de 15% da área estimada há cinco séculos, quando começou a colonização europeia, e se encontra dividida em centenas de pedaços, a maioria com menos de 1 quilômetro quadrado. (…)
No Boletim Pesquisa FAPESP.