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Terra da Gente

As chuvas da Amazônia e a saúde da atmosfera

Publicado em 01 abril 2014

Em 2010, a região Amazônica experimentou um estresse hídrico. Foi a menor média de chuvas dos últimos 30 anos. Com isso, a capacidade da floresta de absorver o excesso de dióxido de carbono (CO2), o principal gás de efeito estufa, ficou comprometida. Em 2011, com volume de chuva acima da média, a vegetação conseguiu assimilar não apenas o CO2 como também as emissões resultantes de queimadas. Para chegar à conclusão, o grupo da pesquisadora Luciana Vanni Gatti, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (lpen), realizou 160 medições aéreas em quatro locais da Bacia Amazônica: Santarém, Alta Floresta, Rio Branco e Tabatinga. No estudo financiado pelo Natural Environment Research Council, do Reino Unido, e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) os pesquisadores pretendem descobrir se, de fato, a Floresta Amazônica é o sumidouro de carbono que se imagina. A meta, afirma Luciana, é prosseguir com as medições pelos próximos dez anos.