Um guia para você se inteirar sobre a terapia que tem ganhado cada vez mais adeptos
Você já tinha ouvido falar de Aromaterapia? Se não, explicamos: é uma técnica natural que se utiliza do olfato, com aromas, e também se baseia em partículas liberadas por óleos essenciais para, assim, estimular diferentes regiões do nosso cérebro. Esse procedimento pode nos ajudar, por exemplo, a encontrar nosso equilíbrio e bem-estar.
O Brasil, por exemplo, é o país que lidera os casos de depressão e ansiedade durante a pandemia do coronavírus, segundo pesquisa realizada em fevereiro pela Universidade de São Paulo (USP). Tendo crescido nos últimos tempos, essa terapia alternativa é uma opção pode nos trazer benefícios nesse contexto.
"Os óleos podem não só aliviar problemas físicos como dores musculares, dores de cabeça e enxaquecas. Eles também são bons para pele e cabelo. Em relação aos transtornos psicológicos, pode ser recomendado para tratamentos de ansiedade, insônia, estresse e depressão", explica o neurocientista Fabiano de Abreu Rodrigues, que também é Membro da Federação Européia de Neurociência, Associação Brasileira e Portuguesa de Neurociência.
"É o despertar mundial da necessidade de auto cuidado e do cuidado emocional e físico", Adna Fischmann, diretora de Marketing doTERRA Brasil, um site que, com seus produtos, tem acompanhado esse crescimento da Aromaterapia. "Os aromas são importantes para criar sensações e emoções seja ao ambiente ou diretamente às pessoas", completa.
Por exemplo: para aliviar o strees, "o óleo essencial com Lavanda, principalmente sendo da origem lavandula angustifolia e langsdorfia com propriedades ansiolíticas, são calmantes do sistema nervoso central e podem ajudar bastante", conta Adna.
E se você procura aumentar seu foco, "os cítricos, a exemplo do Limão, e também especiarias utilizadas na cozinha como Manjericão ou Alecrim" são indicados, conta a profissional doTERRA, que ainda dá mais dicas: "ainda tem os amadeirados terrosos, como Vetiver que acalma os sentidos".
Quai são os métodos
Beleza. Mas como podemos fazer a tal da aromaterapia? O neurocientista Fabiano de Abreu diz que há três formas de fazê-las - e explica pra gente:
Inalação: indicada para tratamento das vias respiratórias. Pode ser de formas curtas, médias e longas podendo aumentar gradativamente.
Evaporização: aplicando o óleo em um pedaço de tecido ou bolas de algodão. O produto evapora aos poucos, fazendo efeito ao longo do dia.
Massagem terapêutica: de forma suave e relaxante, o óleo pode ser aplicado diretamente na pele fazendo efeito ao longo do dia.
Como os óleos atuam no nosso corpo
O neurocientista diz que nosso "olfato reconhece as moléculas dos óleos essenciais por meio de seus receptores chegando até o sistema límbico, região das emoções no cérebro". Já quando são aplicados na pele, maior órgão do corpo humano, os óleos são "lipo-solúveis, um facilitador para penetração na pele. Ao penetrar, logo chegam na corrente sanguínea".
O olfato reconhece as moléculas dos óleos essenciais por meio de seus receptores chegando até o sistema límbico, região das emoções no cérebro. Na pele, maior órgão do corpo humano, os óleos são lipo-solúveis, um facilitador para penetração na pele. Ao penetrar, logo chegam na corrente sanguínea.
Legal, mas tem alguma comprovação científica sobre a atuação dos óleos essenciais no nosso corpo?
De acordo com Fabiano, somente na Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) são mais de 413 análises sobre a eficácia dos óleos essenciais no nosso corpo. "Estudos comprovaram que pacientes depressivos precisavam de menores doses de medicamentos, porque passaram por tratamentos com aromaterapia utilizando óleos cítricos", diz ele. E o neurocientista cita mais exemplos: "Um outro estudo comprovou que, o óleo essencial da laranja, por exemplo, diminuía a ansiedade de mulheres, testadas em uma clínica odontológica".
Para finalizar, o profissional cita outra análise desenvolvida no Fofito/FM-SP. O estudo apresenta que a aromaterapia foi eficaz na diminuic¸a~o dos ni´veis de estresse e ansiedade dos alunos de graduac¸a~o da a´rea da sau´de, tendo havido reduc¸a~o significante de 24% no ni´vel de estresse e 11% nos ni´veis de ansiedade.
Depoimento
Também consultamos quem já se beneficiou dessa terapia. O designer Lucas Brazil falou pra gente o que achou da aromaterapia.
Eu conheço óleos essenciais há bastante tempo. Minha família era meio natureba, então eu já conheci algumas coisas, mas nunca tive o uso constante [desses produtos]. Mas a família da minha namorada usa há um tempo, trabalha com isso, inclusive. A mãe dela também é aromaterapeuta. E de uns tempos pra cá, eu tenho usado bastante. Minha namorada também começou a se qualificar para trabalhar com óleos essenciais. E assim, comecei a utilizar constantemente. Fui entender quais eram as questões, quais óleos poderiam me auxiliar. Eu tenho algumas questões respiratórias, algumas alergias. Então comecei a usar peppermint (hortelã-pimenta), que me faz muito bem. Além de me dar um up, faz muito bem para minha respiração. Utilizo também um blend, um é o breathe, também tem hortelã-pimenta no meio, entre outros, que também me auxilia na questão respiratória. E tem um que venho usando muito, principalmente desde o início da pandemia, por conta da ansiedade, que é o lavanda. Tô fazendo um tratamento periódico com esse produto, para conseguir relaxar, dormir melhor. E tem me ajudado muito. Quando acaba meu óleo, dependendo da situação que tô, eu volto a ficar um pouco mais alerta à noite, sem conseguir dormir direito. Então, pra mim, o lavanda tem sido essencial neste momento em que estamos vivendo. Há alguns outros que utilizo esporadicamente, alguns para me auxiliar na digestão. Aí depende da pessoa, o aromaterapeuta vai te indicar conforme a sua situação. Para fechar, queria dizer que pra mim tem sido muito bacana entrar em contato com esse "lugar".