Ribeirão Preto deu início a montagem de kits próprios para identificação do vírus influenza A – a gripe suína – com base nos dados disponibilizados na internet pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Os pacientes da região possivelmente infectados poderão ser diagnosticados na cidade em cerca de 15 dias.
O diagnóstico específico do novo vírus será feito pelo Centro de Pesquisa em Virologia da Universidade de São Paulo (USP). O laboratório de Ribeirão é uma das seis instituições do Estado, e o único da região, com nível de biossegurança suficiente para realizar este tipo de procedimento. Dois laboratórios da Faculdade de Medicina de Ribeirão (FMRP) serão disponibilizados a pesquisadores de outras entidades vinculadas à Secretaria Estadual de Saúde para investigação da nova gripe. A informação é da Rede de Diversidade Genética de Vírus, da qual a USP participa, criada em 2000 como resultado do Programa Genoma, da Fundação de Auxílio à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Segundo o professor Eurico Arruda, professor de virologia da FMRP e coordenador laboratório de diagnóstico de vírus respiratório do Hospital das Clínicas, há vários tipos de influenza A (gripe causada pelo vírus H1N1). “Ninguém testa para gripe suína no Brasil ainda. O que se verifica é se é algum tipo H1N1. Se der positivo, vira suspeito e vai para distinção com esses novos kits”, disse Arruda
Dois casos já foram investigados no laboratório de Ribeirão, mas nenhum era Influenza A.
CASOS NO PAÍS. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, confirmou, em entrevista coletiva na noite de ontem, que o Brasil tem quatro casos confirmados de pessoas infectadas pela gripe suína.
As quatro vítimas são brasileiras, e as contaminações foram confirmadas por três laboratórios. Duas vítimas são de São Paulo, uma do Rio de Janeiro e outra de Minas Gerais. Os quatro são adultos e apresentam quadro clínico estável.
Segundo o ministro, "o governo está com a situação sobre controle". Os pacientes estiveram no México e na Flórida.