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Anba - Agência de Notícias Brasil-Árabe

Árabes estudam genética molecular no Brasil

Publicado em 28 fevereiro 2011

Por Aurea Santos

São Paulo - Dois estudantes árabes de doutorado estão entre os 60 participantes da 2ª Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA), que acontece a partir desta segunda-feira (28) até 4 de março, em Campinas, interior do estado de São Paulo. A egípcia Rania Labib e o marroquino Mounir Tilaoui irão freqüentar o curso de uma semana sobre genética molecular que vai tratar das mais recentes pesquisas sobre doenças genéticas, em áreas como genômica, oncologia, neurociências e hemoglobinopatias.

A ESPCA é uma modalidade de fomento promovida pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) para a organização de cursos de curta duração em temas de ciência e tecnologia. Este ano, o curso está sendo realizado em parceria com a Universidade de Campinas (Unicamp).

Do total de vagas oferecidas, 30 serão ocupadas por profissionais de fora do Brasil. "A ideia é trazer alunos estrangeiros para interação científica e também trazer professores", conta Edi Lucia Sartorato, diretora-adjunta do Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética da Unicamp.

Rania atua no departamento de pesquisa no Instituto Nacional do Câncer, no Cairo. Segundo informações cedidas pela Unicamp, a profissional trabalha com pesquisas nas áreas de câncer, genômica e neurociência.

Já Mounir cursa doutorado na Faculdade de Ciências Técnicas, em Beni Mellal. O marroquino atua na pesquisa sobre a aplicação da Artemisia herba Alba, um arbusto usado na medicina tradicional marroquina para o tratamento de doenças graves, como diabetes mellitus, hipertensão e neuralgia.

Além dos estudantes árabes, o curso terá ainda alunos da Índia, Colômbia, Uruguai, Canadá, Chile, Venezuela, Japão, Argentina, Espanha, Estados Unidos e França. Para ministrar as aulas, além de brasileiros, a ESPCA também terá dez professores estrangeiros, entre eles profissionais dos Estados Unidos, Inglaterra e Espanha.

"A vantagem [de abrir o curso a estrangeiros] é estreitar relações científicas e promover a colaboração entre grupos que trabalham em um mesmo assunto, como câncer, doenças do sangue, doenças degenerativas", afirma Edi.

Todas as despesas para a vinda e estadia dos alunos estrangeiros estão sendo pagas pela Fapesp.