A Suzano Papel e Celulose inaugura hoje o Laboratório Max Feffer de Genética de Plantas, em Piracicaba, no interior de São Paulo. Trata-se de unia parceria com a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), com o objetivo de incentivara pesquisa acadêmica em aprimoramento genético. Ou, em termos mais específicos, desenvolver a tecnologia de regeneração e transformação genética das espécies de eucalipto usadas como matéria-príma na produção de papel e celulose.
O investimento total no laboratório foi de US$ 1.1 milhão e faz parte da união da empresa com o departamento de genética da Esalq dentro do Projeto Inovação Tecnológica (PIT), apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do listado de São Paulo (Fapesp). Foram US$ 140 mil do aporte da Suzano, para melhoria e ampliação das instalações do laboratório, e US$ 960 mil de recursos da Fapesp, para compra de insumos e equipamentos de tecnologia de ponta.
A parceria da Suzano com a Esalq nas pesquisas em aprimora-mente genético de florestas de eucalipto começou por volta de 1998 e trouxe resultados positivos, como a obtenção e registro das patentes do processo de transformação genética. "O desenvolvimento de projetos mais complexos demandou a ampliação das instalações do laboratório da Esalq e a aquisição de tecnologia", explica Luiz Cornacchioni, gerente da divisão de planejamento, pesquisa e desenvolvimento da Suzano. "A parceria em pesquisa básica e aplicada entre a universidade e o setor privado é um caminho para aumentar a competitividade da indústria de papel e celulose brasileira", completa.
Pioneirismo
Os recursos investidos no laboratório estavam dentro da provisão para 2004 da Suzano para a área de pesquisa, que é de R$ 16,5 milhões. A preocupação com a melhoria das espécies de eucalipto cultivadas nas fazendas da Suzano vem de longa data. Em 1951. o empresário Max Feffer - filho de Leon Feffer, fundador da companhia - liderou um grupo de cientistas na pesquisa do processo de produção de celulose a partir das fibras de eucalipto, que até então era considerada inadequada para este fim. A tecnologia acabou revolucionando o setor e permitiu ao Brasil passar de importador a exportador de celulose.
Notícia
Gazeta Mercantil