A população brasileira não será vacinada em campanhas de imunização em massa contra a dengue.
De acordo com o governo federal, a fabricação da vacina Butantan-DV vai levar um tempo para ganhar escala de produção e chegar a uma centena de milhões.
O centro bioindustrial do Instituto Butantan anunciou que iniciou a produção dos imunizantes contra a dengue. A previsão do Butantan, divulgada em dezembro, é de fornecer um milhão de doses neste ano; e totalizar a entrega de 100 milhões de doses em 2027.
Casos de dengue no Brasil
Ao longo de 2024, o Brasil registrou mais de 6,5 milhões de casos prováveis de dengue. Os dados são do governo federal. Esse é o maior número da série histórica e representa quase 300% de aumento em relação ao ano anterior.
Na mesma comparação, as mortes confirmadas também bateram recorde, com quase 400% de crescimento, chegando a 5.881. A incidência da doença no país é de 3.244 casos para cada 100 mil habitantes, número quatro vezes maior do que em 2023.
Entre os estados, o DF aparece em primeiro lugar em números de casos da doença em relação para cada 100 mil habitantes, com 9.876 casos, seguido por MG, PR e SP, que registrou 4.841 casos neste recorte populacional.
O estado paulista lidera no número total, com 2,1 milhões casos prováveis, seguido por Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.
Produção da vacina
A entrega das doses só poderá ocorrer após a liberação da vacina pela Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que analisa no momento os documentos apresentados sobre os imunizantes. Posteriormente, a vacina deverá ser submetida à Conitec – Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde para incorporação no programa de imunização.
A Butantan-DV será uma vacina em dose única. Segundo a ministra da pasta, os estudos clínicos apontam “uma excelente eficácia”, mas enquanto não está disponível na escala desejada é necessário reiterar e manter os cuidados orientados pelo Ministério da Saúde contra o mosquito transmissor, o Aedes aegypti.
Da Agência Brasil