O abrasão de ar, um aparelho utilizado em consultórios dentários em processos de restauração, pode comprometer o sistema respiratório do paciente e do dentista, segundo um estudo realizado na Universidade Estadual Paulista (Unesp).
O pesquisador Fábio Luiz Scannavino descobriu que as partículas de óxido de alumínio (AL2O3) liberadas pelo jato pressurizado de ar, se inaladas em excesso, podem provocar disfunções celulares nas vias aéreas superiores e alterações no tecido pulmonar.
De acordo com informações da Agência Fapesp, as partículas foram recolhidas por Scannavino a distâncias de 20, 40 e
Depois de verificar a massa de de óxido de alumínio depositada nas placas utilizadas no procedimento, o pesquisador concluiu que quanto menor é a distância horizontal da cavidade bucal, maior é o nível de contaminação pelo óxido de alumínio.
"O que nos preocupa são os efeitos maléficos da acumulação prolongada dessas partículas no trato respiratório", explicou Scannavino à Fapesp.
Segundo ele, uma pesquisa de doutorado também realizada na Unesp, de autoria de Cláudia Peruchi, mostrou que, em camundongos, as partículas de óxido de alumínio inaladas em excesso podem se acomodar nos brônquios, os dutos que levam o ar aos pulmões.