A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta segunda-feira o início de um ensaio clínico para desenvolvimento de uma nova vacina contra Covid-19. Essa será a primeira vez que o imunizante SpiN-Tec, desenvolvido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com a Fiocruz, será testado em humanos.
O estudo será conduzido com a participação de 432 pessoas entre 18 e 85 anos. Os participantes selecionados devem ter tomado ao menos duas doses da CoronaVac ou da vacina da AstraZeneca e terem recebido uma ou duas doses de reforço com imunizantes da AstraZeneca ou da Pfizer há pelo menos 6 meses.
A SpiN-Tec utiliza como plataforma a junção de duas proteínas que induzem a resposta das células de defesa contra o coronavírus. A expectativa dos cientistas é que a nova vacina seja mais eficiente para proteger contra variantes do Sars-CoV-2. Os ensaios clínicos serão conduzidos em centros em Belo Horizonte.
Durante os testes, a Spin-Tec será aplicada como uma dose de reforço em pacientes já vacinados, ao mesmo tempo que outro grupo receberá dose da AstraZeneca. A partir daí, os pesquisadores pretendem comparar os resultados em relação à produção de anticorpos neutralizantes, anticorpos totais e a resposta das células de defesa.
Caso chegue à fase final apresentando eficácia e segurança, a Spin-Tec pode ser a primeira vacina 100% brasileira. Os pesquisadores solicitaram a autorização para testes em humanos no final de julho, de lá para cá a Anvisa analisou dados dos testes feitos em animais e concluiu que "até o momento demonstraram um perfil de segurança aceitável da vacina candidata".
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