Notícia

Andifes - Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior

ANPG apresenta campanhas em favor do Brasil

Publicado em 18 fevereiro 2019

Por Lívia Leite

Atualmente há seis anos sem reajuste, a bolsa de mestrado e doutorado concedidas pela CAPES e CNPq no país custam R$ 1.500,00 e R$ 2.200,00 respectivamente. Esses valores ao longo desse tempo já perderam um pouco mais de um terço do seu valor em relação ao poder de consumo desde o último reajuste, março de 2013, pois a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e divulgada pelo IBGE chegou a 37,17%. Isto significa que, caso as bolsas fossem reajustadas hoje, para corrigir as perdas inflacionárias do período, uma bolsa de mestrado estaria valendo R$ 2.063,55 e doutorado R$ 3.026,7633. Esses valores reajustados seriam próximos aos que são pagos, desde setembro de 2018, pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo: R$ 2.043,00, para mestrado I e R$ 3.010,80 para doutorado I.

Por não possuir seu valor atrelado a algum mecanismo de reajuste anual as bolsas de estudo vêm acumulando uma desvalorização histórica frente a um aumento brutal dos preços de alimentos, moradia e transporte.

O não reajuste e bolsas com valores defasadas associada a dedicação exclusiva – o que não permite muitas vezes um vínculo empregatício- é uma realidade que não é justa com aqueles que são decisivos no desenvolvimento científico e econômico do país, nós pós-graduandos. Precisamos nos mobilizar para pressionar os governos e parlamentares. Converse com seu colega de pós-graduação, laboratório, pesquisa, estudo. Com seus orientadores e professores. Mobilize sua universidade e vamos conscientizar a sociedade em torno desse pleito. A Associação Nacional de Pós-graduandos conta com você para cerrar fileira nessa Campanha. Reajuste de Bolsas de Estudos Já!

Faça o Download aqui da campanha Reajuste Já

A ANPG lançou a campanha 25% dos roylats do Pré-sal para CTI. Para isso, a entidade escreveu uma cartilha na qual comenta as razões da importância deste movimento.

O movimento apoia o Projeto de Lei 5876/2016 (de autoria do Deputado Celso Pansera – PT/RJ) que prevê a destinação de 25% para Ciência, tecnologia e inovação. O que abre perspectivas de ampliação do orçamento anual para Ciência e Tecnologia no país. Apenas o montante destinado ao Fundo Social no último trimestre de 20171, permitiria a aplicação de cerca de 550 milhões na área. Um valor que significa em termos atuais em torno de 20% do orçamento anual do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e Comunicações (MCTIC) ou um pouco mais de 50% do CNPq.

Em um cenário de desmonte do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia, capitaneados pela Emenda Constitucional 95 (EC do Teto dos Gastos) associado aos sucessivos cortes e contingenciamentos nos orçamentos anuais, que ameaçam paralisar atividades e projetos científicos importantes, e vendas de empresas públicas que atuam diretamente em investimento no setor, torna-se imperativo que as entidades cientificas construam uma grande frente ampla em defesa de mais investimentos para a área.

A garantia de recursos mínimos do pré-sal joga luz no atual horizonte obscuro da nossa ciência, e garante que o Brasil tome para si os ganhos da exploração dessa riqueza para reverter em um projeto de desenvolvimento nacional que traga soberania e independência tecnológica, construindo assim um caminho de mitigação das desigualdades sociais que assolam a dignidade de nosso povo.

Faça o Download da Cartilha com a Campanha do Pré-sal