A Amyris e a Solazyme, duas empresas de bioenergia instaladas no Interior Paulista irão produzir combustível para a aviação civil tendo a cana-de-açúcar como matéria-prima.
As duas companhias fizeram parte de um grupo de 33 parceiros, entre empresas e instituições de pesquisa, que participaram do estudo "Plano de voo para biocombustíveis de aviação no Brasil", patrocinado pela Embraer e pela Boeing, financiado pela Fapesp (Fundação para o Amparo da Pesquisa no Estado de São Paulo) e coordenado pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Instalada em Brotas, a Amyris utiliza o caldo de cana e linhagens de leveduras geneticamente modificadas para produzir o farneseno, uma substância que depois de um processo de hidrogenação se transforma no bioquerosene.
A partir desse produto será possível, por processos de refino específicos, fabricar tanto o bioquerosene como produtos para a indústria química ou, ainda, o diesel que foi o primeiro alvo da empresa no Brasil.
A Solazyme, instalada na cidade de Orindiúva, utiliza algas e caldo de cana para produzir um óleo primordial que, depois de um processo de craqueamento semelhante ao do petróleo, é transformado em bioquerosene com as mesmas especificações do querosene usado em aeronaves.
Segundo pesquisa da Fapesp, a aviação comercial deverá reduzir em 50% as emissões de dióxido de carbono (CO2) até 2050 em relação ao que foi emitido pelos motores de aviões em 2005.
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